Essa experiência de construir maquetes (miniaturas), muito mais do que uma pratica, uma técnica, me levou até
"A Poética do Espaço", do filósofo francês Gaston Bachelard (1884-1962)
Na medida exata, Bachelard possui a Poesia que pode e deve ser participada pelos seres humanos atentos, sensíveis, imaginativos e abertos ao devaneio saudável e evolutivo.
Isolar miniaturas no universo impalpável dos objetos é sempre esse capricho que precisa estar alerta o tempo todo. Alerta porque se trata sempre de um jogo de forças entre a matéria e o devaneio que a ela enxerga, entre as referências ao devaneio e as fantasias de apreensão do capricho delicado e minucioso do que pode realizar de fato.
A vida em escalas...
Mas, a despeito de sua fragilidade,
é apenas como miniatura que o mundo pode permanecer composto em sua totalidade, sem desmantelar-se em pedaços. A
integridade do universo sensível depende da justa tensão entre a dessubjetivação e a objetivação.
Dia 02 de Julho de 2010 - Instituto Tomie Ohtake
com Luiz Lanzuolo - disponível para visitação até
final de Julho.
